Os pilares da gestão do conhecimento

Essencialmente, as empresas conseguem se diferenciar pelo que sabem e pela forma como conseguem usar o conhecimento. Uma estratégia de negócios sustentada na Gestão do Conhecimento se apoia na integração de três pilares fundamentais, conforme descritos por  Rodriguez (2002), a saber: Pessoas, Processos, Tecnologias.

Pessoas: as pessoas – colaboradores diretos ou indiretos – que contribuem ao processo produtivo com seu conhecimento fazem toda a diferença para a gestão do conhecimento e para a competitividade da empresa. É a dimensão humana que sustentará a criação, desenvolvimento, implementação e melhoria de qualquer processo organizacional. Talentos que tenham o perfil necessário para atuar na Sociedade do Conhecimento são difíceis de encontrar, contratar, gerenciar e reter. A gestão do conhecimento e da inovação caminham lado a lado com os processos de mudança e contemplam a revisão de paradigmas relativos à gestão das pessoas na organização. Trata, essencialmente, de uma mudança na cultura organizacional, onde passa-se a olhar os talentos sob a perspectiva do valor que podem agregar por meio de seus conhecimentos e competências, e o valor que a organização pode agregar em suas vidas profissionais.

Processos: Uma atividade fundamental da Gestão do Conhecimento na empresa é mapear dinamicamente os processos de negócios da empresa, registrando conhecimento sobre como esses processos são realizados, mantendo estas informações atualizadas, e tornando-as disponíveis para todos os colaboradores diretos e indiretos na cadeia produtiva. Informações podem ser disponibilizadas sobre processos e projetos da empresa para clientes, colaboradores e fornecedores, dinamizando e facilitando o trabalho entre eles. Há várias ferramentas disponíveis para realizar este tipo de trabalho como a criação da memória organizacional dos processos, a utilização de softwares de gestão eletrônica de documentos – GED – dentre outros. O mapeamento dos processos organizacionais traz ganhos adicionais através da dinâmica que cria na discussão, reflexão e melhoria dos processos do negócio. Este mapeamento também permite uma avaliação das Melhores Práticas e Benchmarking. Autores reforçam que sem este conhecimento devidamente mapeado, registrado e disponível, toda análise necessária ao processo decisório fica mais subjetiva e a criação de indicadores de desempenho e de gestão de processos mais difíceis.

Tecnologias: Esta dimensão trata da estrutura e infraestrutura necessárias para apoiar os processos de produção e a gestão dos ativos do conhecimento como um todo. A tecnologia da informação, especificamente, tem importantes recursos a oferecer à Gestão do Conhecimento nas empresas. GED, data mining, softwares de mapeamento de processos, comunicação inter-organizacional por meio de desktop-videoconferencing e eletronic bulletin boards, novas mídias, computação móvel, sistemas integrados de gestão, internet, data warehouse e sistemas colaborativos síncronos e assíncronos ou groupware são tecnologias úteis para a geração, captação, armazenamento e disseminação do conhecimento nas organizações e otimizam o tempo e eficácia do contexto colaborativo. É fundamental, no entanto, que a empresa defina estrategicamente seus objetivos relativos à cada capital do conhecimento, para que possa escolher investir nos recursos tecnológicos adequados.

Portanto, o que tem mudado é a importância relativa entre estes elementos em função do valor que agregam ao negócio da organização, sendo a dimensão humana, de fato, àquela que tem maior importância.